Atletas paralímpicos ganharão cães-guias



Projeto envolve a Secretaria Especial do Esporte, o Comitê Paralímpico Brasileiro e o Centro de Treinamento e Formação de Cães-Guia em Camboriú (SC)

Uma parceria inédita, envolvendo a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Centro de Treinamento e Formação de Cães-Guia do Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Camboriú permitirá que quatro atletas paralímpicos, portadores de deficiência visual, recebam cães-guia para auxiliá-los nas tarefas do dia a dia.

Os cães-guias permitem que as pessoas portadoras de deficiências visuais adquiram um nível maior de independência. Os animais auxiliam em várias tarefas cotidianas, como atravessar a rua, parar em sinais, evitar obstáculos e encontrar as portas dos estabelecimentos, entre outras habilidades.

O projeto prevê que quatro cães-guia sejam cedidos ao CPB em 2021. O primeiro deles já está pronto para ser entregue. Chama-se Gael e é um labrador macho. Os outros três serão entregues até o fim do ano.

Para o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, a iniciativa demonstra que a atenção com o esporte paralímpico vai além dos treinos ou das competições. “Nosso papel, como gestor do esporte dentro do Governo Federal, é trabalhar para garantir a nossos atletas as melhores condições para defender o Brasil nos grandes eventos mundiais. O esporte de alto rendimento não envolve apenas treinamentos e competições. No caso dos atletas paralímpicos, principalmente, essa equação vai muito além disso. Com os cães-guia, nossos atletas com deficiência visual ganharão confiança para desempenhar suas funções. É uma forma de incentivá-los ainda mais”, ressalta o secretário.

“É uma iniciativa importante porque vai permitir que atletas cegos tenham a rotina facilitada por meio desses cães-guias”, acrescenta Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Longo treinamento

Os animais do Centro de Treinamento e Formação de Cães-Guia do IFC Campus Camboriú são das raças labrador e golden retriever. Por se tratar de uma função altamente específica, o treinamento de um cão-guia dura, no mínimo, dois anos e meio.

“São animais de linhagens melhoradas geneticamente. Com quatro ou cinco meses, o cão é enviado para uma família socializadora, que são nossos parceiros. Essas famílias ficam com ele em torno de dois anos. Os custos com os cães são mantidos pelo Instituto, e as famílias são treinadas para dar os primeiros ensinamentos. Vão com eles para a praia, para o restaurante, para o ônibus. Essas pessoas têm uma carteirinha que as autoriza a entrar com o cão em todos esses espaços”, explica Shirley Albino.

As famílias vão periodicamente ao instituto para serem treinadas. Depois de dois anos, os cães voltam para o centro, onde recebem treinamento intensivo de seis a sete meses, já na fase final da preparação.

Fonte: Ministério da Cidadania

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