Com a intenção de mobilizar o País, atletas, ex-atletas e
todos que veem o esporte como ferramenta de inclusão social e de desenvolvimento
econômico, foi criada uma petição pública com este objetivo.
A Petição Pública leva o nome de Movimento Unidos Pelo
Esporte, lançado no dia 27 de maio pelo deputado estadual Bobô (PCdoB-BA),
ex-atleta e ex-gestor da Sudesb (Superintendência dos Desportos da Bahia).
A ideia é colher mais de 1 milhão de assinaturas no Brasil
para que o Congresso Nacional e o Governo Federal garantam a manutenção das
políticas e programas sociais na área do esporte, como o Segundo Tempo, PELC,
Bolsa Atleta e o Bolsa Pódio e que possam avaliar os impactos negativos da
redução do orçamento destinado ao esporte acabando com esse legado.
“Estamos vivendo um momento crítico, de desmonte de tudo o
que foi construído no período recente do País. Com o fim do Ministério do
Esporte, a pasta foi alocada no Ministério da Cidadania, diminuindo seu status
para Secretaria Especial do Esporte e reduzindo o seu orçamento drasticamente.
Pela divulgação da nova pasta, observamos que as despesas autorizadas para 2019
foram reduzidas significativamente, o que seguramente compromete a manutenção
de vários programas importantes.”
“Pior que o fim do Ministério, é o fim das políticas
públicas, que gerará impactos negativos para os nossos jovens, que poderão ser
mais facilmente atraídos para os caminhos da violência e da criminalidade, além
do desestímulo ao estudo. E nossos adultos e idosos, que perderão a
possibilidade de combater muitas doenças, como estresse e depressão, por
exemplo.”
“Esse movimento busca mostrar como as políticas de esporte impactaram
positivamente a vida de milhões de brasileiros, desde as nossas crianças,
adolescentes, jovens, idosos e também atletas de alto rendimento. Em balanço de
oito anos da pasta, feito no ano de 2010, o Ministério do Esporte, durante
reunião do CONSELHO NACIONAL DO ESPORTE, mostrou números expressivos: Mais de
12 mil contratos feitos para construir e reformar equipamentos esportivos no
Brasil; de 2003 a 2010, foram investidos quase R$ 3 bilhões em obras como
quadras de esporte, ginásios, estádios, complexos esportivos, campos de
futebol, pistas de atletismo, Praças de Juventude, entre outros.”
“Revelou ainda que os programas sociais implantados ampliaram a oportunidade
para nossa população ter acesso ao esporte. Destaque para o PROGRAMA SEGUNDO
TEMPO, que atendeu 3,8 milhões de crianças e jovens, com investimentos de R$
700 milhões. E para o PROGRAMA ESPORTE E LAZER DA CIDADE (PELC), que investiu
mais de R$ 150 milhões, contemplando 10, 6 milhões de pessoas em 1.277
municípios.”
“Além da atenção ao lado social, o Ministério também
desenvolveu ações para o esporte de alto rendimento, com a criação dos
PROGRAMAS BOLSA ATLETA e BOLSA PÓDIO, fortalecendo o segmento e beneficiando
importantes atletas. Com isso, o Brasil ficou no centro mundial de megaeventos
e presente no circuito de grandes eventos esportivos, realizando o PAN,
PARAPAN, JOGOS OLÍMPICOS E PARAOLÍMPICOS, JOGOS MUNDIAIS MILITARES E A COPA DO
MUNDO DE FUTEBOL DA FIFA.”
“Essa virada significativa, proporcionada por essas
políticas e programas sociais, mereceu atenção da academia. Ganhou uma pesquisa
da UnB, publicada em artigo na Revista Brasileira de Ciências do Esporte, pelos
autores Fernando Henrique Silva Carneiro, Cláudia Catarino Pereira, Marcelo
Resende Teixeira, Edson Marcelo Húngaro e Fernando Mascarenhas.”
“Segundo o trabalho, “o esporte tem tanto uma função
integradora, sobretudo por meio das políticas sociais esportivas, quanto uma
função econômica de garantir as condições gerais de produção, que se evidenciou
no Brasil a partir dos grandes eventos esportivos”. Que essa função “está
vinculada às políticas sociais esportivas executadas pelo Estado, pautadas na
inclusão social e na focalização, em que o público alvo tem sido a juventude
pobre, além do incentivo ao esporte de alto rendimento”. Os pesquisadores
afirmam que essas funções fizeram parte da política esportiva do governo
federal, entre 2003 e 2016. Vale dizer que os gastos com esporte foram
direcionados ao longo do tempo, definidos como política esportiva no PPA –
2012/2015.”
“Toda essa transformação começou a partir de 2003, com o
Estatuto do Torcedor, colocando os espectadores como parte fundamental dessas
políticas públicas. Em 2004, é criado o Bolsa Atleta para ajudar os atletas
olímpicos e paralímpicos. Em 2006, para produzir o surgimento de novos atletas,
valorizar modalidades de pouco prestígio e promover inclusão social, surge a
Lei de Incentivo ao Esporte.”
“Programas sociais e grandes eventos esportivos exigiram
investimentos em infraestrutura esportiva e equipamentos esportivos,
possibilitando a geração de milhões de empregos. A manutenção das políticas
públicas e programas que defendemos é para não perdermos legados como o Sistema
Único do Esporte, criado para que o desenvolvimento do esporte fosse tratado
como política de Estado.”
ESPORTE COMO TRANSFORMADOR SOCIAL
“Além do apoio aos atletas de alto rendimento, foram
realizados investimentos na infraestrutura de equipamentos esportivos, como
reforma e requalificação de quadras nas escolas e em espaços públicos,
priorizando a juventude, a acessibilidade para pessoas idosas e com deficiência.”
“Nessa trajetória, houve também as PARALIMPÍADAS ESCOLARES,
criada em 2006 para estimular a prática esportiva entre jovens com
deficiências. Elas reuniram, a cada ano, milhares de atletas e possibilitou a
descoberta de grandes nomes, como o nadador Andrey Pereira Garbe, de 17 anos e
recordista brasileiro paraolímpico na prova dos 100 metros costa; Alan
Fonteles, campeão mundial e paralímpico de atletismo; Lorena Spoladore e
Verônica Hipólito, campeãs mundiais de atletismo; Talisson Glock, medalhista em
um Mundial da natação.”
“O PROGRAMA SEGUNDO TEMPO, criado em 2003, teve como objetivo promover o acesso
à prática e à cultura do esporte para crianças, adolescentes e jovens que vivem
em áreas de vulnerabilidade social. Mas, também revelou atletas, como campeão
mundial e medalhista olímpico de canoagem Isaquias Queiroz, nascido em
Ubaitaba, na Bahia. Assim, como as irmãs Lohaynny e Luana Vicente, dupla
medalhista no Pan do Canadá, a primeira do badminton brasileiro feminino. Elas
entraram no esporte pelo projeto social na comunidade da Chacrinha, no Rio de
Janeiro. Só para citar alguns exemplos. O programa ajudou na integração entre
indivíduo e sociedade através da prática esportiva e de atividades
complementares no turno oposto ao das aulas escolares.”
“Outro destaque foi o PROGRAMA ESPORTE E LAZER DA CIDADE (PELC), estabelecido a
partir da implantação de núcleos de esporte recreativo e de lazer nos
municípios brasileiros. Seu objetivo foi garantir o direito ao acesso de
qualidade a políticas públicas de lazer e de esporte, trabalhando diversas
faixas etárias, inclusive pessoas com deficiência. Essa política ajudou a
valorizar e fortalecer as culturas locais; qualificou espaços e equipamentos
públicos de lazer e esporte recreativo; democratizou o acesso ao lazer e
esporte recreativo para as comunidades menos favorecidas e possibilitou o
desenvolvimento de valores sociais positivos e uma maior integração social,
afastando nossos jovens das drogas e da criminalidade.”
Por todos estes motivos o Movimento Unidos pelo Esporte convida a sociedade para assinar a
petição pública para ajudar a garantir a manutenção das políticas de esportes
no Brasil, com a certeza de que a prática esportiva com caráter de inclusão social
pode ajudar a melhorar o Brasil e a vida de milhões de brasileiros.
O endereço da petição:
https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR112254
https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR112254
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